quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bruno Mazzeo reage mal a ataque em redes sociais



Bruno Mazzeo vive um momento curioso na carreira. Por um lado, está a ponto de se tornar aquilo que os americanos chamam de "household name": o cara que é tão famoso que todo mundo sabe quem é, até mesmo aquela sua tia velhinha. Por outro lado, ele vem recebendo ataques de outros humoristas e reagindo mal nas redes sociais. Que deselegante!
Muita gente acha que Bruno teve sua carreira facilitada pelo simples fato de ser filho de Chico Anysio. É inegável que ele recebeu um empurrãozinho: foi contratado pela Globo com apenas 14 anos de idade, justamente para ser roteirista de um dos programas do pai. Mas logo seguiu um caminho próprio, consolidando-se na TV paga antes de se expor mais na TV aberta.
Acabou se tornando poderoso no cinema. "E Aí Comeu?" é o terceiro sucesso consecutivo que leva seu nome. Desta vez ele não assina o roteiro e aparece nos créditos "apenas" como ator e produtor. Mas o filme, assim como os anteriores "Muita Calma Nessa Hora" e "Cilada.com", é mais um exemplar do gênero em que se especializou, a "neo-pornochanchada" --como bem definiu Fernanda Torres.
Assisti a "E Aí Comeu?" nesta semana e gostei bem mais do que esperava. É uma comedia erótica repleta de grosserias, mas com final edificante, do tipo que os americanos sabem fazer muito bem (a exemplo de "Se Beber Não Case").
Bruno Mazzeo é o primeiro nome do elenco, mas não é o protagonista absoluto. Entretanto, mesmo se não aparecesse diante das câmeras, sua presença seria sentida durante o filme todo: já existe um "estilo Bruno Mazzeo" de fazer cinema.
Estilo, aliás, muito bem sucedido. "E Aí Comeu" é o primeiro filme brasileiro a fazer mais de milhão de espectadores em 2012, e sua bilheteria deve crescer ainda mais. Apesar da noite fria e chuvosa, a sala onde o vi estava quase lotada, e as pessoas rachavam de rir quase o tempo todo.
Os atores Emilio Orciollo Netto, Bruno Mazzeo e Marco Palmeira em cena do filme "E Aí... Comeu?"


O público gosta dele, mas sua popularidade não se repete entre seus colegas. Bruno criticou Rafinha Bastos numa entrevista a um jornal carioca e sofreu um contra-ataque brutal de Danilo Gentili durante um "Agora É Tarde" (Band) da semana passada, onde foi acusado de ser ladrão de piadas.
Retrucou pela tangente: implicou com Roger Moreira, o líder do Ultraje a Rigor e hoje músico do talk-show de Gentili. Levou um troco à altura e acabou tendo que se desculpar.
Mas nem por isto sossegou: entrou numa discussão boba com um "paparazzo" pelo Facebook e ainda soltou que só tem gente burra no Twitter. Queria atingir seus desafetos tuiteiros, mas acabou xingando boa parte de seus fãs.
Se eu fosse consultor de imagem, insistiria para Bruno maneirar no tom. Qualquer palavrinha impensada é multiplicada por mil na internet, e pode muito bem provocar um desvio em carreiras que iam de vento em popa. Não é verdade, Rafinha?
Nesses tempos de "mídias sociais" e "nova classe C", pagar de arrogante pode ser suicídio profissional. Bruno Mazzeo já provou que tem talento e tino comercial. Mas, para continuar no jogo a longo prazo, vai ter que controlar o temperamento e a língua. E parar de armar ciladas.com para si mesmo.
Fonte:F5

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