O computador da atriz Carolina Dieckmann, que teve 36 fotos íntimas publicadas na internet, pode levar a polícia à identificação do responsável pelo vazamento das imagens. A máquina, apreendida pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), foi levada para assistência técnica antes da atriz ter sido chantageada para que as fotos não fossem divulgadas. O responsável pelos reparos no computador pode ser indiciado pelos crimes de extorsão qualificada, difamação e furto.
A atriz prestou depoimento de mais de sete horas, acompanhada pelo marido Tiago Worcman. Ela começou a ser ouvida na manhã desta segunda-feira. E só deixou a delegacia às 16h30m, sem falar com a imprensa.
Segurança acirrada
Ela foi cercada por um cordão de isolamento feito por cinco seguranças até um Range Rover branco com placas de São Bernardo do Campo, interior de São Paulo, que ficou estacionado em frente à sede policial.
O drama vivido por Carolina Dieckmann começou há duas semanas, quando o chantagista fez o primeiro contato, numa ligação ao escritório do empresário da atriz. Depois de outro telefonema, o criminoso começou a se comunicar por e-mail, pedindo R$ 10 mil para que as imagens não fossem repassadas para uma revista.
Troca de mensagens
Orientada pela polícia, Carolina Dieckmann trocou mensagens com o criminoso, para armar uma prisão em flagrante no momento do pagamento da extorsão. Mas não teve sucesso na iniciativa. Depois de uma troca de cinco e-mails, as imagens vazaram em dois sites — um americano e outro inglês.
O advogado Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, que representa a atriz, notificou os sites, que já retiraram as imagens. No último sábado, Kakay entrou em contato com o Google, solicitando o bloqueio das imagens pelo site de buscas na internet.
— Ao contrário do que se pensa, esse tipo de crime pode ser rastreado — disse o advogado, na saída da DRCI, onde a atriz depôs.
DICAS PARA NÃO SER VÍTIMA DE HACKERS
Bloqueio por senha - O consultor de segurança da informação Alexandre Freire, do núcleo de computação eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), aconselha o usuário a usar senha nos arquivos.
Como fazer - Para isso, é preciso instalar ferramentas de criptografia, como o PGP, que é pago, ou o true crypt, que pode ser baixado gratuitamente.
Vírus na internet - Segundo Freire, o vírus “Cavalo de Tróia”, instalado quando o usuário baixa um programa de origem suspeita, é um dos vilões da internet. O vírus pode atingir até o celular da vítima, que também é usado para acesso à internet.
Invasão de hacker - Com o vírus, o hacker pode ter acesso ao e-mail, senhas de contas bancárias e a possibilidade, inclusive, de registrar imagens da vítima pela câmera do computador. Para evitar a fraude, Freire aconselha o internauta a instalar um antivírus e senhas diferentes.
Cuidado nas redes sociais - Outra dica importante é ter cuidado com a exposição de informações em redes sociais.
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